Banif Gestão de Activos: “A evolução das economias dos EUA e da China será mais importante para o desempenho dos mercados financeiros”

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Nuno Coimbra

Embora a data para a subida das taxas de juro nos Estados Unidos continue a ser desconhecida, setembro ou dezembro de 2015 são meses que surgem nomeados pelas distintas vozes da indústria como alturas prováveis para o anúncio a fazer por Janet Yellen. Da Banif Gestão de Activos, num olhar relativo ao segundo semestre, entendem que na fase do ciclo macroeconómico atual e com a aproximação do início do ciclo de subida de taxas juros nos EUA, “o foco em cenários positivos de mercado, terá de ir para o investimento em ações, de várias geografias a nível mundial, bem como para o investimento em fundos com menor correlação com a evolução dos mercados”. Realçam também a importância do factor liquidez nos ativos, que deverá ser “fundamental em qualquer estratégia de asset allocation”. 

China e EUA: os pontos de maior preocupação

Um dos temas chave para a segunda metade do ano tem a ver com a evolução da economia chinesa, mas também com “a capacidade dos EUA recuperarem depois de um fraco primeiro trimestre num contexto de inversão da política monetária”. Também “a continuação ou não da recuperação económica na Zona Euro, se viermos a assistir a um desfecho negativo na Grécia”, é outro dos pontos chave apontados. Embora realcem o caráter de serem investidores europeus e, por isso, estarem “naturalmente enviesados para os acontecimentos na Zona Euro”, acreditam que, em termos globais, “a evolução das economias dos EUA e da China será mais importante para o desempenho dos mercados financeiros”.

Nas potenciais ameaças até ao final do ano, apontam como factores mais importantes eventuais abrandamentos nas economias chinesa e norte-americana. Entendem que, embora pouco prováveis, esses seriam acontecimentos que provocariam uma “grande surpresa” e “teriam um impacto negativo”.

Relativamente ao desempenho de cada uma das principais regiões, a entidade acredita que, se a Grécia continuar na Zona Euro, as melhores performances ao nível dos mercados financeiros caberão à Europa e ao Japão, já que “são os mercados que apresentam maior potencial de valorização ou melhores dinâmicas de revisão de resultados das empresas, bem como aqueles onde a política monetária será mais favorável aos activos financeiros”.

(Na foto: Jorge Guimarães, da Banif Gestão de Activos)